segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Rapidinhas

Viva Chico

     Apesar de não ser católico, tenho que tirar o chapéu para esse Papa Francisco.
     Em pouco tempo já deu uma guinada histórica na Igreja, afastando os corruptos, abrindo a questão da pedofilia dos padres, abordando temas polêmicos como o casamento gay, mexendo no verspeiro que é a burocracia interna do Vaticano e abrindo mão de luxos completamente contrários à doutrina de Cristo.
     Há tempos que a Igreja Católica precisava de ventos de renovação como esses.       
     Dominada pelo conservadorismo desde os tempos do anticomunista João Paulo II, que serviu muito bem aos interesses dos norte-americanos na Europa, e durante o papado de Bento XIV, um ex-soldado de Hitler, a igreja que se propõe a ser líder da cristandade se volta novamente para as necessidades do povo de Deus, deixando para trás posturas preconceituosas e burocráticas, como as que impediam filhos de casais separados ou mães solteiras de serem batizados.
     Parece que uma revolução espiritual está começando. Se não o matarem, como fizeram com João Paulo I, deveremos ver muitas mudanças ainda.
 

A ditadura egípcia e a mídia submissa
     É impressionante como a mídia brasileira, inclusive os sites da internet, são submissos aos interesses geopolíticos norte-americanos. Um golpe militar derrubou o presidente eleito do Egito, Mohamed Mursi, e impôs uma ditadura cruel e assassina, que já matou milhares de cidadãos que protestavam legitimamente pela quebra da legalidade. Agora  o ditador de plantão, um tal Sissi, pau mandado de americanos e israelenses, manda fazer uma Constituição entre quatro paredes (sem assembléia constituinte) e faz um simulacro de referendo para aprová-la.
     Durante os dois dias de "votação", onde os partidários do presidente deposto foram impedidos de se manifestar, dezenas de manifestantes foram mortos e mesmo assim, ele não obtiveram o quorum mínimo de 50% para aprovação.
     Mas as ditaduras não precisam disso. Quem vai lá conferir?
     Declararam que o quorum foi alcançado e pronto, a farsa constitucional foi consumada.
     Resultado: mais de 98% de aprovação. Quem acredita nisto?
     Mas as notícias não falam em ditadura. Falam em "referendo constitucional" e "Governo Militar", chamando o impostor de "Presidente".
     Se fosse na Venezuela ou em qualquer outro país contrário aos interesses hegemônicos dos Estados Unidos, a imprensa cairia de pau, chamando os eleitos de ditadores.
     Até quando?

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