domingo, 5 de janeiro de 2014

Rapidinhas

Rapidinhas

Estranhas coincidências

     Para quem já leu meu livro Estação Paraíso, a novela da rede Globo, Além do Horizonte, apresentada no horário das 19,00 h. apresenta uma série de coincidências, muito estranhas com meu texto.
     Um grupo de jovens se inscreve em um grupo secreto, que desenvolve misteriosos trabalhos na Amazônia brasileira, próximo à fronteira colombiana. Alguns deles resolvem ir até lá investigar e começam a ser perseguidos pela organização, que recebe dinheiro de investidores estrangeiros para desenvolver pesquisas farmacêuticas clandestinas com a flora amazônica.
     Como no livro, há uma aldeia próxima à base do grupo e um misterioso líder que comanda a organização, sob um discurso messiânico de busca da felicidade, e agentes da Polícia Federal brasileira envolvidos na trama.
     A história não é igual, mas parece ter sido inspirada no livro. Faltou a honestidade para admitir isso nos crédios de abertura. 
Aqui se faz..
     Minha velha mãe, de insuspeita ascendência alemã, sempre disse que Michael Schumacher tinha mandado matar Airton Senna. Ela dizia que enquanto Senna esteve vivo o alemão nunca conseguiu ser campeão e que alguns europeus não podiam admitir a invencibilidade de um piloto brasileiro, o que equivaleria negar seus conceitos de superioridade cultural e até racial.
     É verdade que o acidente que matou Senna nunca foi convenientemente explicado. Como puderam colocar uma barra de direção defeituosa no carro de um campeão mundial?
     Estranho que o capacete de Airton Senna tenha se partido, provocando sua morte, da mesma forma que o de Shumacher, nesse também estranho acidente na pista de esqui.
     O fato é que esse alemão sempre foi um mau-caráter, que colocou como parceiro outro brasileiro, o patético Rubens Barrichello, só para humilhá-lo, reafirmando publicamente a superioridade alemã. 
    É evidente que ele estava em altíssima velocidade e fora da pista oficial de esqui, mas agora querem apresentá-lo como bonzinho, dizendo que ele saiu da pista permitida para ajudar uma criança acidentada.
     Quem quiser que acredite. 
Quem diria, a revolução egípcia acabou... no Irajá?

     A ditadura militar que o governo criminoso de Barack Obama colocou no poder no Egito, no lugar do presidente legitimamente eleito, Mohamed Mursi, entrou numa perigosa espiral de autoritarismo e violência contra seu próprio povo, apenas para garantir os interesses de Israel e dos Estados Unidos no oriente médio.
     Como no Brasil de 1964, a direita egípcia, manipulada pela CIA, organizou as manifestações populares que serviram de pretexto para a derrubada do presidente, o primeiro eleito democraticamente na história daquele país, e agora se arvora poderes legais e morais para julgá-lo por provocar a morte de manifestantes, este mesmo governo que já matou e prendeu milhares de manifestantes contra a ditadura.
     Como dizia o velho Marx, a história se repete: a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa. E esta farsa não deve durar muito. O povo egípcio, que já derrubou a velha ditadura de Hosni Mubarak (que acaba de ser inocentado pela justiça egípcia), saberá continuar lutando até acabar com a influência nefasta do sionismo e do imperialismo americano sobre a terra dos faraós.  
Como pintos no lixo

     Ir à praia em Salvador virou um exercício de desvios de obstáculos, tal a quantidade de lixo.
     E não se trata de restos do reveillon, já recolhidos no dia seguinte, mas de lixo atirado pelos banhistas mesmo, já que não existem cestas adequadas para dispor os resíduos de tudo que se vende na areia, desde acarajé, peixe frito, toneladas de latinhas de cerveja, garrafas pet, sem falar nas fraldas desacartáveis e tudo mais que se possa imaginar.
     O inacreditável é que a população fica no meio do lixo, na maior satisfação, como se não estivesse vendo nada.
     Deve ser esse o resultado de 40 anos de dominação da direita, liderada pela família de Antonio Carlos Magalhães, mas não apenas ela. Os políticos daqui são os mesmos de quando eu morei na cidade pela primeira vez, 30 anos atrás, ou seus filhos e netos. O incrível é que os políticos são todos brancos, numa terra de negros.
     A cidade é um favelão, mas aqui ninguém chama isso de favela, mas de bairros. A velha elite branca continua vivendo no luxo das suas mansões e a classe média emergente nos seus condomínios com clube. Enquanto isso a direita manipula o povo através da Rede Bahia de Televisão, afiliada da Globo e pertencente à família de ACM, numa contínua alienação através do futebol, religião e axé music (ou arrocha, já nem sei a diferença).
     O povo acostumado a viver no meio do lixo nas favelas, nem nota a diferença nas praias. E tome-lhe cerveja pra esquecer. O pior é que não enxergam a merda em que vivem e acham Salvador o máximo. Felizes como pintos no lixo.
    
  

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